Exu é uma divindade africana, de origem iorubá, trazida para o Brasil pelos escravos. Muitos destes conseguiram trazer vários elementos pertencentes às suas religiões, incluindo assentamentos desta divindade. Já o termo Pambu-Njila deu origem ao nome Pombagira, entidade feminina da umbanda que controla os caminhos e as encruzilhadas, tal como a divindade bantu. Cada um deles tem sua bebida e comida preferida, indo desde a já famosa farofa, cachaça e a cerveja, até vinhos e uísques refinados. Velas, charutos ou cigarros são sempre bem-vindos. Para as Pombagiras, itens mais delicados agradam mais, como brincos, pulseiras, colares, perfumes, rosas, champanhe, anis, vinho rosé. Em Banquetes para Exu, Pombagira e o mestre Zé Pelintra você encontrará simpatias e presentes fáceis para seu Exu ou para sua Pombagira e também para o mestre Zé Pelintra, malandro poderoso, faceiro, muito solicitado, saudado e amado por seus seguidores e pelos que a ele recorrem...
Para mais bem compreendermos uma cultura, devemos conhecer um pouco de seu idioma. E, para essa viagem, é necessário que tenhamos na bagagem um bom repertório de palavras (quanto maior, melhor), o que será útil na hora de nos comunicarmos, de lermos e por fim de termos uma noção básica desse novo universo ? seja ele um país ou uma religião. O que é o candomblé? A história do candomblé é uma história não-escrita, por isso, a cada dia, ela é redescoberta e recontada para que dúvidas da comunidade praticante sejam esclarecidas e mais luz seja jogada sobre o preconceito que ainda sofre essa religião em nosso país. No Brasil, o candomblé surgiu através da herança cultural trazida pelos africanos escravizados e foi devidamente adaptada às condições da então colônia."O Candomblé bem Explicado" é resultado da pesquisa de um babalorixá e de sua filha-de-santo que, motivados por sua própria experiência prática, decidiram elucidar conceitos e temas bastante recorentes no cotidiano religioso dos que pertencem às três nações analisadas com maior enfoque nesta obra ? Bantu, Iorubá e Fon ?sem que, no entanto tenham até o momento sido objeto de aprofundadas reflexões teóricas. Todas as questões apresentadas no livro seguem pautadas pelos patama..
Sòhòkwe (pronuncia-se Sorroquê, como se houvesse trema na sílaba fi nal) é aqui situado no candomblé fon (jeje). Pelo idioma fon, alguns autores traduzem o fonema sòhò, com o signifi cado de guardião, e kwe como casa, moradia. Mas é com o nome de Xoroquê que mais conhecemos essa divindade. Será a mesma cultuada entre iorubás, fons e alguns outros segmentos religiosos? Será que os sacerdotes compartilham da mesma defi nição de arquétipos? É um vodum ou orixá? Como devemos cultuá-lo, afi nal? Foi por meio da tradição oral que a cultura dos nossos ancestrais africanos chegou até nós. Práticas de distintos rituais de regulação da vida e um grande patrimônio de histórias míticas fundadoras de diversas sociedades, por exemplo, atravessaram o atlântico dentro dos insalubres navios que transportavam os negros escravizados. Muitos foram os que não sobreviveram a travessia entre os continentes. Mas a memória, preservada pela voz, chegou até nossas terras e conquistou espaço entre os que aqui habitavam. No entanto, a palavra, por ser imaterial, se mistura, se integra e se transforma. E foi justamente isso que aconteceu quando pessoas de variadas regiões e nações africanas foram obrigadas a conviver juntas dentro das senzalas: o divino tamb..